O dia que visitei a zona geotérmica mais ativa da Islândia, em Akureyri



Gente, vocês não têm noção do que foi esse dia! Eu desembarquei do navio em Akureyri (sim, aquele porto fofíssimo no norte da Islândia) e fui direto para a zona geotérmica mais ativa da região. O cenário parecia outro planeta: fumaça saindo da terra, aquele cheirinho característico de enxofre (quem já foi sabe hahaha) e o contraste com o friozinho cortante que só a Islândia sabe oferecer (e a Noruega).

Antes disso, rolou também um tour panorâmico por Akureyri, que é uma cidade charmosa, cercada de montanhas e com vistas que parecem pinturas. E adivinha? Tudo isso fazendo parte do meu trabalho como shorex staff no navio de cruzeiros! Ou seja, viajar o mundo e ainda chamar isso de “trabalho”. Quem vê close, não vê corre da tripulação, né? 😂


Foi um daqueles dias que eu pensei: “Caramba, tô literalmente vivendo o que sempre sonhei!”. 


Mas vamos ao que interessa pois tem muita coisa pra contar (e mostrar!).

#Chegada de navio de cruzeiros em Akureyri

Chegar em Akureyri de navio já é uma experiência por si só. O cruzeiro entra pelo fiorde Eyjafjörður, cercado por montanhas altas que deixam a vista bem diferente do que a gente está acostumado a ver. Mesmo no verão, ainda dá pra ver neve nos picos, o que torna a chegada ainda mais bonita (pena que nossas cabine não possuem janelas e só conseguimos ver ao chegar no deck 7, do escritório).


No meio daquele marzão lindo, a cidade aparece aos poucos: pequena, organizada e com aquele ar tranquilo de cidade do interior, mas no meio da Islândia. As casas coloridas e a arquitetura simples dão um charme todo especial.


É uma sensação boa de olhar pela janela do navio já sabendo que dali partem os passeios para algumas das paisagens mais impressionantes do país. Akureyri pode parecer pacata à primeira vista, mas é justamente esse o ponto de partida para explorar lugares onde a natureza mostra toda sua força — como a zona geotérmica que eu estava prestes a conhecer (pensa só na ansiedade que eu estava!).



#Tour panorâmico pela cidade



Antes de seguir para a zona geotérmica, fiz um tour panorâmico por Akureyri. É uma cidade pequena, então em pouco tempo dá pra ter uma boa ideia de como ela é. O ônibus foi passando por ruas tranquilas, sempre muito limpas e bem cuidadas, com aquelas casinhas típicas islandesas que chamam a atenção pelo colorido. E eu, obviamente, me apaixonei perdidamente por todos os cenários!


O tour é rápido, mas dá pra sentir o ritmo calmo da vida local e entender por que Akureyri é chamada de “capital do norte” da Islândia. Nada muito grandioso, mas acolhedor e com aquele charme de cidade pequena que parece abraçar quem chega. Talvez por conta do frio e vento, ou só pela vida cotidiana mesmo, vi pouquíssimos locais (exceto pelos que trabalham no porto). O que também é muito característico dessas regiões nórdicas, tendo em vista que o frio não permite que as pessoas socializem mais do lado de fora (exceto quando praticam atividades físicas de inverno).

#A experiência na zona geotérmica

Chegar na zona geotérmica foi como entrar em outro planeta! O chão soltava fumaça em vários pontos, o cheiro de enxofre era forte (aquele típico “cheiro de ovo podre” que não tem como disfarçar 😂) e as cores do solo variavam entre tons de laranja, marrom e cinza.

A primeira impressão que tive foi: cheguei em Marte!

Foi algo inimaginável estar em um local como esse e a experiência foi uma das mais incríveis que eu tive a honra de experimentar (até agora), como tripulante de navio de cruzeiros.


Andar por ali dá uma mistura de curiosidade e respeito. As piscinas de lama borbulhando parecem inofensivas, mas a gente sabe que a temperatura é altíssima. É o tipo de lugar que te lembra o quanto a Terra é viva e poderosa. E não posso negar o quanto eu estava emocionada, curiosa e assustada! Sei lá, vai que rola algo extraordinário e Deus me usa como exemplo, rsrsrs....


O silêncio do lugar só é quebrado pelo barulho das bolhas estourando e do vapor subindo do solo. Não é bonito no sentido clássico, tipo uma paisagem de cartão-postal ou monumentos espalhados mais pela Europa central, sabe? Mas é impressionante e marcante. Você sai dali com a sensação de ter visto a natureza em sua forma mais bruta ao mesmo tempo que pode ver a fragilidade do ser humano diante de tanta grandiosidade.

Foi, sem dúvida, um dos pontos mais diferentes e inesquecíveis da tour na Islândia.



#O contraste do frio com a atividade geotérmica


Algo que me chamou atenção foi ver várias pessoas caminhando bem perto das bolhas de lama e das saídas de vapor, mesmo com placas deixando claro que não é permitido (e o guia a todo momento reforçando essa informação). A tentação de “chegar mais perto” parece grande, mas é fácil esquecer que ali a temperatura é altíssima e um passo errado pode causar um acidente sério.


Além da questão de segurança, andar fora das trilhas também danifica o solo, que já é frágil e demora séculos para se regenerar. Ou seja: além de arriscar a própria saúde, quem ignora os avisos acaba prejudicando a preservação de um lugar tão único.


Para além disso, sentir o contraste entre o clima frio e a intensidade da atividade geotérmica foi surreal! Tipo usar um casaco para o frio intenso e ter bem ali embaixo dos nossos pés, vapor quente sem parar. É a Terra mostrando toda a sua vida assim, na nossa cara. São exatamente os dois extremos que definem muito bem a Islândia: o fogo e gelo coexistindo no mesmo espaço, um país diferente de tudo que eu já tinha conhecido! Um lugar onde a natureza não se esconde, ela se impõe.

#Sugestão de Atividades em Akureyri

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