Um dia comigo em Paamiut - Groelândia


Finalmente comprei meu macbook e agora ficou tudo mais fácil de postar, já que ele é bem pequeno e fácil de carregar pra todo lugar. Então esse é o post de estreia de um reavivamento do Blog da Sah... êbaaaaa!!!!


Vou começar falando sobre esse dia incrível que eu experienciei na Groenlândia (era meu sonho conhecer!) e foi um dos primeiros destinos que eu fiz a bordo do NCL Star, em 2023. Sim, estou há esse tempo todo esperando para postar sobre e muitos outros posts atrasadinhos virão também.


Bora lá? 😃


#Primeiras impressões de Paamiut


Paamiut é uma das paradas mais remotas que já fiz. Mesmo já tendo visitado ilhas afastadas no meio do Atlântico Norte ou Pacífico, nada se compara ao que foi ver a Groenlândia. A cidade está localizada na costa sudoeste da Groenlândia, é o tipo de lugar que parece fora do tempo, parada e super tranquila. O vilarejo tem cerca de 100 moradores (segundo informações expostas lá mesmo no centro de informações turísticas da cidade) e uma rotina silenciosa, quase sem movimento.



Por ser um porto de tender, o acesso é bem complicado. Existem bastantes rochas no caminho e, nesse dia mesmo, um dos tenders se chocou com uma pedra e os passageiros foram transferidos ali mesmo, no mar, de um tender para outro. O frio é o primeiro a dar as boas-vindas. O vento gelado corta o rosto e o silêncio é tão intenso que dá pra ouvir o som do mar batendo nas pedras. As casas coloridas quebram o branco da neve e formam um contraste bonito com o céu acinzentado. Foi, de longe, uma das imagens mais intrigantes que eu vi naquele contato!


#Sobre o vilarejo


A cidade é simples e acolhedora. Não existe, de fato, um porto, mas apenas uma doca, por onde os tenders chegam. Também é o local por onde chegam os alimentos à cidade, bem como é por onde os moradores saem em táxis boat para outras partes do país.


Há apenas uma cafeteria, um pequeno mercado e uma escola que atende praticamente todas as crianças do vilarejo. Algumas vezes, a escola chegou a ter apenas 3 crianças, e a professora foi a mesma as acompanhando até a adolescência.


#O que fazer em Paamiut (mesmo sendo uma cidade pequena)


O vilarejo é bem pequeno e as atividades voltam-se basicamente às atividades na água, como assistir a baleias, turismo de aventura em quadriciclos, pescaria ou passeios de barco pelos fiordes. Também é possível caminhar a cidade inteira em uma hora, e encontrei uma torre de observação, o ponto mais alto do lugar. De lá de cima, dá pra ver Paamiut inteira: o "porto", as casinhas, o mar congelado ao redor. É uma vista que faz o mundo parecer pequeno e calmo. A caminhada dura pouco, porque tudo ali é perto, mas é surreal se ver em um lugar tão remoto e tão cheio de lugares inexplorados.



#Contato com os moradores


Os moradores acenam de longe, curiosos com o movimento que o navio traz. A sensação é de estar em um lugar esquecido, mas que guarda uma beleza única na simplicidade. Aqui eles são bem acolhedores, e muitos não falam inglês, o que de fato dificulta bastante o contato. Eles são bem simples, geralmente vivem da atividade pesqueira, já que nem o turismo é tão forte na área e muitas operadoras de turismo vêm de outras cidades para atuar aqui.


#Reflexões e sentimentos


Eu me senti vivendo um conto de fadas, no meio daquele lugar inóspito, tão distante da minha realidade em Fortaleza. Me perguntava como era a vida na época de frio intenso, neve e etc., como os partos eram organizados, ou o que faziam quando ficavam doentes, sem que houvesse um hospital estruturado por perto. Deve ser, sim, uma vida bem difícil, mas muito cheia de paz também. E a gente vê que, na realidade, nem precisa de muito para viver.



#Dicas práticas para quem visitar


Nós visitamos Paamiut numa época em que já estava mais “quentinho”, em torno de 2 °C. Nessa época é comum aparecerem muitos mosquitos, e quando digo muitos, é sério. São tantos que chega a ser desesperador, a ponto de não conseguir nem abrir a boca pra falar.


Quem for visitar nesse período eu realmente recomendo levar um daqueles chapéus com mosquiteiro na frente, tipo os de apicultor, porque sem isso não há paz.


Também vale levar repelente em spray para o corpo, luvas, gorro e um lanchinho, já que eu praticamente não vi nenhum restaurante por perto. A única opção foi a cafeteria, que servia só café mesmo, ou o pequeno mercado local.


Ah, e não esqueça o carregador portátil. São tantas paisagens pra fotografar que o celular descarrega rapidinho. E, claro, muita disposição pra caminhar.


#Fotos da Cidade





No fim do dia, de volta ao navio, Paamiut vai sumindo aos poucos na neblina. Fica a lembrança de um vilarejo minúsculo, isolado e silencioso, que ensina o valor da paz e do pouco.

 

#Sugestão de Atividades:


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